Desde os tempos antigos, a humanidade se envolve em apostas. Seja uma aposta simples de um jogo entre amigos, ou uma loteria que pode mudar a vida financeira de um indivíduo para sempre, as pessoas se sentem tentadas a experimentar o frisson estimulado pela possibilidade de ganhar. Porém, apostar nem sempre significa apenas diversão, para muitos, as apostas se tornam um vício.

Por isso, a prática das apostas pode ser vista como uma bomba relógio para a sociedade. Quando a aposta deixa de ser um passatempo e se torna um hábito que provoca dependência, muitas áreas da vida dessas pessoas são afetadas. Efeitos colaterais podem ser vistos em sua saúde física e mental, relacionamentos pessoais e finanças.

Os danos sociais da prática de apostas também afetam a economia como um todo, além de gerar um cenário de perda de valores e princípios, pois a corrupção e a lavagem de dinheiro são efeitos indesejados que surgem com as apostas ilegais. Os custos sociais dessas atividades são suportados pelo Estado, tal como gastos com tratamentos de dependentes químicos e lutando contra a criminalidade organizada.

No Brasil, as apostas são regulamentadas por lei. A Lei 13.756/2018 foi aprovada pelo Senado, que legaliza as apostas em corridas de cavalos no País. O objetivo é gerar empregos e incentivar um segmento da economia com uma receita anual de R$ 1 bilhão. Porém, isso não é suficiente, pois ainda existem apostas ilegais e jogos de azar proibidos.

É necessário, portanto, criar políticas públicas mais efetivas para tratar o problema das apostas. Essas políticas devem compreender não apenas a regularização do mercado de apostas, mas sim um conjunto de ações preventivas, com campanhas publicitárias em busca de aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos das apostas, a oferta de tratamento para os viciados em jogos, fiscalização e redução de impostos para aumentar a competitividade do mercado regulado.

Conclusivamente, o vício em apostas é um problema sério na sociedade. As consequências são abrangentes, tanto para indivíduos quanto para a economia e sociedade em geral. Para reduzir esses impactos, ações políticas precisam ser implementadas de maneira abrangente. É importante, portanto, que a sociedade e as autoridades trabalhem juntas para combater o problema, construindo uma cultura de responsabilidade e conscientização para evitar o surgimento de uma bomba relógio nas atividades econômicas e sociais em todo o mundo.